Professores pressionam por aumento

O Sindicato dos trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) está aproveitando o ano eleitoral para pressionar o governo a garantir um reajuste salarial para a categoria. Ontem, o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, declarou que o governo estadual tem diminuído o investimento em educação nos últimos anos. Baseado nos dados do tribunal de contas do estado (TCE), ele afirmou que o governo investiu 26,02% do dinheiro que arrecadou em 2007 com impostos no setor. E fez comparações com o ano anterior, 2006, último ano da gestão Jarbas/Mendonça. Há quatro anos, os valores gastos com educação chegaram a 26,03%. No ano passado, esse percentual caiu para 25,37%. A lei de diretrizes e bases (LDB) determina que estados e municípios são obrigados a investir pelo menos 25% do total de arrecadação em educação.
Os professores querem que boa parte do valor gasto com outras despesas da receita da pasta, entre elas os custeios com reforma de escolas e compra de equipamentos pedagógicos, seja revertido para a folha de pagamento dos profissionais. Em 2006, a proporção era de 97,68% para a folha contra 2,32% para outras despesas. Eles também reivindicam o cumprimento do piso nacional, que deveria sofrer reajuste em Janeiro deste ano, além de um reajuste com base na inflação do ano.
O governo do estado, através de nota oficial, disseque "já está aprovada a lei que corrige o piso da carreira do magistério para R$ 1.025, de Janeiro a maio, e de R$1,045, apartir de Junho, para um professor de nível médio com 40 horas semanais". O documento destaca, ainda, que em Janeiro de 2007, esse mesmo professor recebia remuneração de R$ 540,80, o que significa que ao fim de quatro anos de gestão haverá um incremento de 93%, em comparação a uma inflação projetada de 20%.